O mundo da gestão cada vez mais se pauta pela criação de um propósito comum, num contexto maioritariamente liberal de servir os stakeholders do ecossistema e realizar experiências ímpares ao mesmo tempo que cria valor económico e social, medindo essa mesma realização através de objectivos, metas e desempenho. Porém, o ciclo de vida das organizações nunca foi tão curto, na exposição ao contexto V.U.C.A (volatility, uncertainty, complexity and ambiguity), pelo que a transformação permanente do modelo de negócio e da oferta é um princípio mandatório e pilar de sobrevivência, evoluindo assim a organização numa mutação permanente da sua existência e entidade. O contexto pandémico acelerou sobremaneira a indústria 4.0 em que os modelos de negócio reforçaram a sua opção tecnológica, as cadeias de abastecimento foram reestruturadas, o ensino e a academia reinventaram-se na forma e na abrangência geográfica, a mobilidade e o turismo foram forçados a diversificar a sua oferta e no geral todos os negócio tiveram impacto direto ou colateral enfatizando que a única forma de um negócio sobreviver é adaptar-se continuamente à mudança ou provocando-a de dentro para fora. É desta forma que, de acordo com o Fórum Económico Mundial (FEM) em 2020, o futuro da gestão e a sua principal função tem por base o princípio de “servir o outro” numa perspetiva interna e externa à organização, tanto no que respeita ao desenvolvimento do capital humano (interno), como à resolução de problemas da economia e da sociedade (externo). É dentro deste espírito que o gestor do futuro de assemelha a um “coach” com uma inteligência emocional acima da média e uma capacidade ímpar de resolução de problemas e de fazer acontecer através dos outros.