18ª CERIMÓNIA DE GRADUAÇÃO

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Mais de 200 licenciados e seis mestres lançados ao mercado

O Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM) graduou este ano 244 licenciados e seis mestres nos diversos cursos ministrados pela instituição. Tratou-se da 18ª cerimónia de graduação que colocou à disposição do mercado de emprego quadros com formação de indiscutível qualidade nas áreas de Medicina Geral e Dentária, Farmácia e Controlo de Qualidade de Medicamentos, Engenharia Informática; Engenharia Geológica e de Minas, Contabilidade e Auditoria, Arquitectura e Urbanismo, Direito, Gestão de empresas, gestão financeira e de Seguros, gestão de recursos humanos e negociação, entre outros.


Os mestrados foram graduados nos cursos de Gestão de Projectos (5) e saúde Pública (1). A cerimónia que se realizou em Junho deste ano teve lugar no Centro de Conferências da extinta empresa Telecomunicações de Moçambique (TDM), na cidade de Maputo.


O evento dirigido pelo Prof. Doutor Maomede Naguib Omar, director geral do ISCTEM
contou com a presença dos graduados e seus familiares, docentes e outros convidados.
Na sua mensagem, o diretor geral do ISCTEM sublinhou que a XVIII cerimónia de graduação se realiza numa fase de grande relevo para a instituição, pois internamente procura-se melhorar, continuamente, o complexo processo educativo, particularmente o de ensino e aprendizagem. 


“Esta necessidade torna-se, ainda, mais pungente por um lado, pelo crescente incremento do número de estudantes que procuram o ISCTEM e, por outro, pelas exigências cada vez maiores do mercado, da sociedade e do estado, relativamente ao ensino superior”, refere a mensagem do Professor Naguib Omar.
Ele explicou que a décima oitava cerimónia de graduação no ISCTEM não e obra do acaso. Resulta de um esforço abnegado por parte dos graduados na procura incessante do conhecimento, traduzido através de competências, capacidade, habilidades e atitudes desenvolvidas ao longo dos anos nos diferentes cursos. “Os êxitos que hoje assumimos não seriam possíveis sem a indissociável intervenção informada d, por parte do corpo docente, pela inestimável colaboração do corpo técnico-administrativo e, ainda, pela colaboração dos diversos parceiros do ISCTEM”, sublinhou.


O director geral do ISCTEM referiu-se também aos desafios complexos que se apresentam à instituição hoje e amanhã, nomeadamente a necessidade premente de elevar os seus padrões de qualidade no ensino, na investigação e na extensão, “criando deste modo valor e relevância para o mercado e para a sociedade”.
O Dr. Óscar Monteiro, antigo combatente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) foi o convidado de honra nesta cerimónia. Ao tomar a palavra, para dirigir-se aos estudantes graduados, salientou a importância da humildade, salientando que não é um título académico que concede respeito às pessoas, mas sim aquilo que elas fazem e demonstram ser em reação ao próximo. “Precisamos de conviver em harmonia para assegurar o bem-estar social”, disse. 


Na sua intervenção de pouco mais de trinta minutos, o Dr. Óscar Monteiro convidou os participantes, em particular os graduados, a reflectir sobre a noção do Estado. Sem se referir a conceitos teóricos, disse que perante as incertezas e dificuldades de vária ordem por que passam, hoje, os moçambicanos é curial falar da importância do Estado. “as questões que vou colocar são válidas para todos, não apenas para os que estudaram Direito, Administração, gestão de empresas: será que este modelo de Estado que nós temos, Governos, Assembleias aos vários níveis, administração pública já esgotou todas as virtualidades? O que é preciso ainda fazer? Por outras palavras, não estará este modelo a ignorar talentos, capacidades, recursos dormentes na sociedade que é preciso ir buscá-los?”- Questionou acrescentando que “quando verificamos que depois de quase cinquenta anos ainda não conseguimos resolver problemas básicos temos que nos perguntar se este esforço tão generoso, tão dedicado ao longo dos anos está inserido na melhor armadura institucional, não para mudar mas para reflectir e este é o melhor lugar para a reflexão”.
Ele concluiu a sua intervenção durante a qual não só falou da noção do Estado como do processo de Libertação de Moçambique, convidando os graduados a acetar sacrifícios para o bem da sociedade moçambicana, independentemente dos desafios que as profissões lhes possam colocar, “porque como disse a vossa colega, confiamos em vós”, em alusão à mensagem dos graduados apresentada na cerimónia.